Então! Ainda tô na procura por emprego, mas fiz dois estágios aqui, e um deles me chamou pra trabalhar meio freela, um dia por semana. Não me pagam bem, e sendo um dia por semana é menos ainda, mas tem duas vantagens. Uma é a flexibilidade de horário, que me permite viajar e fazer outros freelas. Outra é que é o trabalho mais legal do mundo!! (tá, não chega a ser crítica de sorvete, mas tá bem próximo): flyers para shoooows!!! Lalalalaá!!!
É uma produtora eventos de bandas de rock independentes em Londres, eles organizam shows e tal, a maioria das bandas é de um rockzinho alternativinho que eu nem curto tanto, umas mais indie, outras mais industrial sei la o que, mas tá ótimo.
Infelizmente a maioria dos flyers é só pra mandar por email, e não são impressos, mas tive um impresso por enquanto, e deve ter mais em breve. Eu sou a única designer do lugar, o que em qualquer outro trabalho me deixaria meio bolada eu acho (porque quero um designer fodão pra me ensinar várias coisas), mas nesse é maneiríssimo, porque tenho muita liberdade pra fazer o que me dá vontade. Enfim. Tô gostando.
Na verdade nem queria falar do trabalho, mas da relação de amor e ódio que desenvolvi com o TRAJETO de ida e volta ao trabalho.
Essa produtora fica lá na putaquepariu, num bairro chamado Streatham, ao sul de Londres. Tenho que pegar trem – sorte que moro perto da estação, se tivesse que pegar metrô pra lá ia ser muito mais ódio que amor.
Mas então. O trem sai de meia em meia hora. E eu quase sempre perco o trem por menos de dois minutos, e tenho que esperar meia hora para o próximo. Isso fez com que eu começasse a adicionar ao meu vocabulário expressões que eu nunca tinha usado, tais como "dez e dezoito". Sim. Se eu perco o trem das 10:18, eu tenho que esperar o das 10:48. Sério. Tipo "Já vai, Luisa?" "Já, tenho que pegar o 10 e dezoito." Pra quem convive comigo e com meus habituais atrasos, sabe o quanto isso é surreal.
Eu comecei a desenvolver várias teorias sobre o quanto isso influencia a personalidade dos cidadãos londrinos – pelo menos os que pegam trem. Aquele clichê mental que a gente tem dos britânicos mega pontuais tomando chá das cinco é, obviamente, uma generalização grotesca, mas dá pra ver que tem um fundo de verdade. Um dos meus professores do curso ano passado era assim ("a aula começa as 10, não às 10:01! Por que vocês vivem atrasados?"). O baixista da minha banda daqui também é meio assim. Ele escreve pauta pra reunião. Pra quem assiste Flight Of the Conchords, a personalidade dele é muito parecida com a do Murray. E quem não assiste devia assistir porque é FODA.
Mas enfim. tô me desviando do assunto. Mas também não tô mais com saco de escrever, fica pra outro dia. Os esquilos suicidas, esquilos molhados, velhas velhíssimas que falam da guerra, esquisitões que puxam papo comigo no trem, etc, tudo isso fica pra outro dia.
Pelo menos tirei a poeira daqui um pouquinho...
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segunda-feira, 13 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
nut zippers
Eu sempre adorei esquilos. Quando eu vim pra Londres pequena, a gente morava perto de Hampstead, e como lá é menos central e tem efetivamente um bosque, os esquilos eram bem ariscos. Minha mãe me levava ao parque e eu exercitava toda a paciência que meus 6 anos permitiam: quando eu via um esquilo, jogava uma avelãzinha perto dele. Esperava ele criar coragem pra cheirar o que eu tinha jogado. Ele pegava a avelã e saia correndo pra longe pra comer. Aí eu jogava outra um pouquinho mais perto. E esperava. Assim ia indo até o esquilo criar coragem de pegar uma avelã na minha mão, antes de sair correndo pra longe com a comida na boca.
Hoje é mais fácil, sobretudo no centro, os esquilos estão muito saidinhos. Em St James Park você estica a mão e vem uns 3 esquilos safados cheirar seu dedo, mesmo que você não tenha comida nenhuma...
Enfim. Há quase 20 anos eu observo esquilos, esquilos subindo em árvores, esquilos pulando, esquilos correndo, esquilos ficando em pezinho enquanto procuram alguma coisa, esquilos comendo, esquilos enterrando comida, esquilos procurando comida, esquilos perseguindo uns aos outros, esquilos com o focinhozinho sujo de terra, e todas as outras coisinhas fuefas que eles fazem, com seus rabinhos felpudos.
Quando a gente acha que já viu esquilo fazendo de tudo, lá vem a primavera de 2009 mostrar que não é bem assim. No último mês eu vi duas coisas inteiramente novas com esquilos!!
A primeira, e mais inacreditável, foi que eu vi um esquilo dar uma pirueta pra trás DUAS VEZES. Eu estava em Russell Square e acho que o galho de um arbusto encostou nas costas do bichinho e ele tomou um susto, e deu um pulo pra trás de 360 graus. Eu apontei pra ele muito empolgada, e o esquilo deu uma pirueta DE NOVO, o que significa que eu tenho até testemunhas!! (ainda bem, porque acho que ninguém ia acreditar nisso). Foi a coisa mais legal do mundo inteiro, o esquilo dando uma pirueta, o rabinho girando atrás, foi muito foda.
A segunda pra mim acabou sendo ainda mais impressionante, simplesmente porque eu não sabia que isso acontecia, e como eu disse, eu presto atenção em esquilos há quase 20 anos: eu vi um esquilo emitindo sons. Eu não sabia que eles faziam isso!!! Ele tava lá, guinchandinho no alto da árvore, e eu parei e comecei a imitar o som dele (ainda bem que eu tava em Greenwich Park e não tinha quase ninguém em volta porque eu devia estar parecendo uma maluca). O esquilo ficou meio confuso, ficou olhando pra mim e fazendo mais sons, e ele guinchava de lá e eu guinchava de cá (que nem com os saguis na janela do meu quarto no Rio). A gente teve essa pseudo conversa durante uns 3 minutos, aí o esquilo ficou de saco cheio e subiu num galho mais alto pra implicar com uns pombos. Veja só!!
A essa altura não me espantaria se semana que vem eu encontrar um esquilo fumando um cigarro ou andando de cabeça pra baixo ou sei lá. Pra gente ver que não importa o quanto você olhe pros esquilos, a vida ainda reserva surpresas...
Hoje é mais fácil, sobretudo no centro, os esquilos estão muito saidinhos. Em St James Park você estica a mão e vem uns 3 esquilos safados cheirar seu dedo, mesmo que você não tenha comida nenhuma...
Enfim. Há quase 20 anos eu observo esquilos, esquilos subindo em árvores, esquilos pulando, esquilos correndo, esquilos ficando em pezinho enquanto procuram alguma coisa, esquilos comendo, esquilos enterrando comida, esquilos procurando comida, esquilos perseguindo uns aos outros, esquilos com o focinhozinho sujo de terra, e todas as outras coisinhas fuefas que eles fazem, com seus rabinhos felpudos.
Quando a gente acha que já viu esquilo fazendo de tudo, lá vem a primavera de 2009 mostrar que não é bem assim. No último mês eu vi duas coisas inteiramente novas com esquilos!!
A primeira, e mais inacreditável, foi que eu vi um esquilo dar uma pirueta pra trás DUAS VEZES. Eu estava em Russell Square e acho que o galho de um arbusto encostou nas costas do bichinho e ele tomou um susto, e deu um pulo pra trás de 360 graus. Eu apontei pra ele muito empolgada, e o esquilo deu uma pirueta DE NOVO, o que significa que eu tenho até testemunhas!! (ainda bem, porque acho que ninguém ia acreditar nisso). Foi a coisa mais legal do mundo inteiro, o esquilo dando uma pirueta, o rabinho girando atrás, foi muito foda.
A segunda pra mim acabou sendo ainda mais impressionante, simplesmente porque eu não sabia que isso acontecia, e como eu disse, eu presto atenção em esquilos há quase 20 anos: eu vi um esquilo emitindo sons. Eu não sabia que eles faziam isso!!! Ele tava lá, guinchandinho no alto da árvore, e eu parei e comecei a imitar o som dele (ainda bem que eu tava em Greenwich Park e não tinha quase ninguém em volta porque eu devia estar parecendo uma maluca). O esquilo ficou meio confuso, ficou olhando pra mim e fazendo mais sons, e ele guinchava de lá e eu guinchava de cá (que nem com os saguis na janela do meu quarto no Rio). A gente teve essa pseudo conversa durante uns 3 minutos, aí o esquilo ficou de saco cheio e subiu num galho mais alto pra implicar com uns pombos. Veja só!!
A essa altura não me espantaria se semana que vem eu encontrar um esquilo fumando um cigarro ou andando de cabeça pra baixo ou sei lá. Pra gente ver que não importa o quanto você olhe pros esquilos, a vida ainda reserva surpresas...
segunda-feira, 16 de março de 2009
braços de fora
hoje eu tirei o casaco e fiquei só de blusa e colete de lã. Braços de fora!!!
Foi no parquinho tosco superfeio aqui atrás de casa. A alegria durou uns 5 minutos, porque eu fiquei com frio de novo. Mas fiquei animadinha. Sexta feira, em teoria, inaugura a primavera. Melhor época do ano, melhoooor época da vida, adoro adoro adoro adoro adoro!!
Já tá escurecendo mais tarde um pouquinho (a partir de sábado, o dia começa a ficar um pouquinho mais comprido que a noite...). As árvores em frente da igreja estão todas floridas, lindas e cheirosas (lembro pelo ano passado que isso vai durar muito pouquinho, mas tá valendo!).
Hoje ainda rolou colete, mas to sentindo que em breve vou ficar só de blusa na rua outra vez. Adoro a primavera. Vou saindo do casulo. Eu e os bichinhos, e os outros ingleses todos.
Foi no parquinho tosco superfeio aqui atrás de casa. A alegria durou uns 5 minutos, porque eu fiquei com frio de novo. Mas fiquei animadinha. Sexta feira, em teoria, inaugura a primavera. Melhor época do ano, melhoooor época da vida, adoro adoro adoro adoro adoro!!
Já tá escurecendo mais tarde um pouquinho (a partir de sábado, o dia começa a ficar um pouquinho mais comprido que a noite...). As árvores em frente da igreja estão todas floridas, lindas e cheirosas (lembro pelo ano passado que isso vai durar muito pouquinho, mas tá valendo!).
Hoje ainda rolou colete, mas to sentindo que em breve vou ficar só de blusa na rua outra vez. Adoro a primavera. Vou saindo do casulo. Eu e os bichinhos, e os outros ingleses todos.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
My nipples explode with delight!
Aaaaaaah!!!!
Entreguei o projeto ontem, entreguei tudo, foda-se, entreguei, tá entregue, não quero nem saber!!!!
Depois da noite virada e muitos e muitos dias dormindo pouquíssimo e ignorando qualquer possibilidade de vida social, ontem de manhã entreguei o trabalho, voltei pra casa, dormi 3 horas, acordei e fiquei mongol o resto do dia.
E hoje parto na tradicional viagem pós-entrega com a CJ.
Da primeira vez fomos a Dublin, da segunda, Lisboa. Agora, pra terceira e última, Budapeste.
Queria ter lido o livro do Chico há menos tempo, a única coisa que eu lembro é que húngaro é a língua que nem o diabo fala. Ou é a língua que ele fala? Putz, nem isso eu lembro hahahaha. Mas enfim... na Irlanda e em Portugal só tivemos problemas de comunicação por causa dos sotaques esquisitos desses lugares. Mas Hungria é outro papo. Em homenagem aos potenciais problemas de comunicação que vamos encontrar por lá, vai esse sensacional vídeo. O que importa são os primeiros 2 minutos, mas botei a versão de 5 porque tava legendada em português, porque eu sou muito, muito legal. E lá vou eu arrumar mala!
Entreguei o projeto ontem, entreguei tudo, foda-se, entreguei, tá entregue, não quero nem saber!!!!
Depois da noite virada e muitos e muitos dias dormindo pouquíssimo e ignorando qualquer possibilidade de vida social, ontem de manhã entreguei o trabalho, voltei pra casa, dormi 3 horas, acordei e fiquei mongol o resto do dia.
E hoje parto na tradicional viagem pós-entrega com a CJ.
Da primeira vez fomos a Dublin, da segunda, Lisboa. Agora, pra terceira e última, Budapeste.
Queria ter lido o livro do Chico há menos tempo, a única coisa que eu lembro é que húngaro é a língua que nem o diabo fala. Ou é a língua que ele fala? Putz, nem isso eu lembro hahahaha. Mas enfim... na Irlanda e em Portugal só tivemos problemas de comunicação por causa dos sotaques esquisitos desses lugares. Mas Hungria é outro papo. Em homenagem aos potenciais problemas de comunicação que vamos encontrar por lá, vai esse sensacional vídeo. O que importa são os primeiros 2 minutos, mas botei a versão de 5 porque tava legendada em português, porque eu sou muito, muito legal. E lá vou eu arrumar mala!
domingo, 12 de outubro de 2008
slap bass
um dia desses eu conheci um russo doido que toca baixo acústico e dirige um rickshaw. A gente quer fazer uma banda com um cantor irlandês, e ele me deu carona de rickshaw de graça, e eu me controlei pra não gritar "marche!" que nem o pica-pau. Ele mora num squat, e foi criado na Letônia, sabe essas pessoas? Gente boníssima.
Eu tenho uma banda agora, aliás. É uma banda cover, mas to felizona mesmo assim. Specials, Selecter e The Beat, vejam só. Eu, Tom, Herman, Winston e o trombonista novo chamado Nick. Ou Kevin. Sei lá.
Eu tenho uma banda agora, aliás. É uma banda cover, mas to felizona mesmo assim. Specials, Selecter e The Beat, vejam só. Eu, Tom, Herman, Winston e o trombonista novo chamado Nick. Ou Kevin. Sei lá.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
God Save the Queen
Na crônica da Time Out dessa semana tem o seguinte trecho:
Londoners have never, in the style of Parisians, turned on their aristocrats. There have been no guillotines in Mayfair. But then London's aristocrats have always been careful to make themselves amusing – a devastatingly clever trick in a country that places a sense of humour above almost all other attributes.
Achei bem sacado. Ele nem tá falando do núcleo da família real especificamente, e sim dos aristocratas em geral (já que o resto da crônica trata de uma exposição de fotos que tá tendo sobre o glamour dos "debutantes" aristocratas nos anos 50). Mas acho que esse texto se aplica muito à família real também. E explica essa obsessão com a realeza já que, além de senso de humor, esse país adora tradição.
Os ingleses adooooram a família real. Não no sentido antigo, daqueles cavaleiros e cavalheiros com adoração ao monarca, patriotismo, etc. Eles adoram fofoca sobre a família real (eles adoram fofoca sobre qualquer celebridade, mas a família real em especial ocupa um lugar todo especial nos corações de quem lê tablóides). Os punks adoravam falar mal da rainha. Hoje as pessoas adoram implicar com a esposa do Príncipe Charles. Todo mundo adora quando aquele filho ruivinho dele toma um porre e faz alguma merda pouco digna da família real, como passar a mão no peito de alguma prima de terceiro grau.
Mas a gente vê muita evidência que a maioria dos ingleses também adora a família real no sentido antigo. Adorar mesmo, sem ironia. Tem gente que compra memorabilia da família real. Naquele livro dos diários do Adrian Mole (acho que chama "diário secreto de um adolescente" – não é do hipocondríaco!! É um anterior e bem mais engraçado) ele descreve a grande comoção que foi o casamento do Charles com a Diana, todo mundo assistindo na tv e chorando. Dá pra ver que ficam comovidos com os principezinhos indo pra guerra do Iraque. Leva-se muito a sério a condecoração da rainha, quando alguém vira Sir. Os produtos que possuem selo de aprovação da rainha orgulhosamente apresentam esse selo na embalagem. A Harrod's, embora tenha sido vendida pra um árabe milionário, continua sendo ponto turístico e sendo super prestigiada porque é "o lugar onde a rainha faz compras". E, é claro, o rosto de HRH Queen Elizabeth aparece em todas as notas, todas as moedas, todos os selos.
A minha relação pessoal com a família real, embora limitada, é positiva. No geral eu ponho a realeza na minha categoria mental de "ah, esses ingleses e suas tradicões pitorescas!", junto com as histórias dos corvos da Torre de Londres, as casas de chá e outras coisas do tipo. Quando eu morei aqui quando tinha 6 anos, eu adorava ver os produtos com selo de aprovação da rainha ou da rainha-mãe ("Rainha-Mãe"! The Queen Mother! Adoro esse nome). O da rainha-mãe era bonito, tinha dois leões, um de cada lado do brasão. Mas eu gostava mesmo era do da rainha, mesmo, que tinha um leão e um unicórnio (o leão olhava pra você, e o unicórnio olhava pro brasão). Minha mãe às vezes comprava uma geléia que tinha os dois selos, que apareciam estampados na parte de trás do rótulo, e eu ficava comparando os dois enquanto tomava café da manhã, que nem jogo dos sete erros.
Eu passei a implicar um pouco com a rainha depois de grande, porque eu tenho pena do Príncipe Charles. Ele não tem mais o que fazer, tadinho, além de ficar a cada dia mais velho e orelhudo e meio ridículo. Ele tem os projetos de caridade dele, não sei o que do meio ambiente, mas pô, ele é o príncipe, o próximo na linha de sucessão do trono, o que ele vai fazer? Faculdade? Arrumar um emprego? Curso de cerâmica? Porra. Tadinho. Eu achava que ela devia abrir mão do trono, virar rainha-mãe e ele virar rei. Mas depois que eu vi aquele filme "rainha" (que é sensacional, por sinal), eu passei a gostar mais dela. Ela consertou carros na segunda guerra, isso é bem maneiro. E ela usa aqueles chapeuzinhos! Eu gosto quando eu vejo alguma velhinha inglesa na rua vestida tipo a rainha, toda combinandinho. Fuefo.
E é claro que uma das coisas que eu mais gosto da rainha hoje é ver ela envelhecendo nas moedas. É meio maldoso, hehehe, mas eu acho divertido eles irem atualizando as moedas e a gente ver o papo da rainha crescendo.
Enfim... Minha alma punk não passou muito da marca dos meus 16 anos (e mesmo antes nunca foi tão punk assim), então confesso que acho a coisa toda da família real bem fuefa.
Pra fechar, o perfil da rainha em duas moedas, 1987 e 2002.
Ah, esses ingleses e suas tradições pitorescas!
Londoners have never, in the style of Parisians, turned on their aristocrats. There have been no guillotines in Mayfair. But then London's aristocrats have always been careful to make themselves amusing – a devastatingly clever trick in a country that places a sense of humour above almost all other attributes.
Achei bem sacado. Ele nem tá falando do núcleo da família real especificamente, e sim dos aristocratas em geral (já que o resto da crônica trata de uma exposição de fotos que tá tendo sobre o glamour dos "debutantes" aristocratas nos anos 50). Mas acho que esse texto se aplica muito à família real também. E explica essa obsessão com a realeza já que, além de senso de humor, esse país adora tradição.
Os ingleses adooooram a família real. Não no sentido antigo, daqueles cavaleiros e cavalheiros com adoração ao monarca, patriotismo, etc. Eles adoram fofoca sobre a família real (eles adoram fofoca sobre qualquer celebridade, mas a família real em especial ocupa um lugar todo especial nos corações de quem lê tablóides). Os punks adoravam falar mal da rainha. Hoje as pessoas adoram implicar com a esposa do Príncipe Charles. Todo mundo adora quando aquele filho ruivinho dele toma um porre e faz alguma merda pouco digna da família real, como passar a mão no peito de alguma prima de terceiro grau.
Mas a gente vê muita evidência que a maioria dos ingleses também adora a família real no sentido antigo. Adorar mesmo, sem ironia. Tem gente que compra memorabilia da família real. Naquele livro dos diários do Adrian Mole (acho que chama "diário secreto de um adolescente" – não é do hipocondríaco!! É um anterior e bem mais engraçado) ele descreve a grande comoção que foi o casamento do Charles com a Diana, todo mundo assistindo na tv e chorando. Dá pra ver que ficam comovidos com os principezinhos indo pra guerra do Iraque. Leva-se muito a sério a condecoração da rainha, quando alguém vira Sir. Os produtos que possuem selo de aprovação da rainha orgulhosamente apresentam esse selo na embalagem. A Harrod's, embora tenha sido vendida pra um árabe milionário, continua sendo ponto turístico e sendo super prestigiada porque é "o lugar onde a rainha faz compras". E, é claro, o rosto de HRH Queen Elizabeth aparece em todas as notas, todas as moedas, todos os selos.
A minha relação pessoal com a família real, embora limitada, é positiva. No geral eu ponho a realeza na minha categoria mental de "ah, esses ingleses e suas tradicões pitorescas!", junto com as histórias dos corvos da Torre de Londres, as casas de chá e outras coisas do tipo. Quando eu morei aqui quando tinha 6 anos, eu adorava ver os produtos com selo de aprovação da rainha ou da rainha-mãe ("Rainha-Mãe"! The Queen Mother! Adoro esse nome). O da rainha-mãe era bonito, tinha dois leões, um de cada lado do brasão. Mas eu gostava mesmo era do da rainha, mesmo, que tinha um leão e um unicórnio (o leão olhava pra você, e o unicórnio olhava pro brasão). Minha mãe às vezes comprava uma geléia que tinha os dois selos, que apareciam estampados na parte de trás do rótulo, e eu ficava comparando os dois enquanto tomava café da manhã, que nem jogo dos sete erros.
Eu passei a implicar um pouco com a rainha depois de grande, porque eu tenho pena do Príncipe Charles. Ele não tem mais o que fazer, tadinho, além de ficar a cada dia mais velho e orelhudo e meio ridículo. Ele tem os projetos de caridade dele, não sei o que do meio ambiente, mas pô, ele é o príncipe, o próximo na linha de sucessão do trono, o que ele vai fazer? Faculdade? Arrumar um emprego? Curso de cerâmica? Porra. Tadinho. Eu achava que ela devia abrir mão do trono, virar rainha-mãe e ele virar rei. Mas depois que eu vi aquele filme "rainha" (que é sensacional, por sinal), eu passei a gostar mais dela. Ela consertou carros na segunda guerra, isso é bem maneiro. E ela usa aqueles chapeuzinhos! Eu gosto quando eu vejo alguma velhinha inglesa na rua vestida tipo a rainha, toda combinandinho. Fuefo.
E é claro que uma das coisas que eu mais gosto da rainha hoje é ver ela envelhecendo nas moedas. É meio maldoso, hehehe, mas eu acho divertido eles irem atualizando as moedas e a gente ver o papo da rainha crescendo.
Enfim... Minha alma punk não passou muito da marca dos meus 16 anos (e mesmo antes nunca foi tão punk assim), então confesso que acho a coisa toda da família real bem fuefa.
Pra fechar, o perfil da rainha em duas moedas, 1987 e 2002.
Ah, esses ingleses e suas tradições pitorescas!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Chinatown
Ontem eu saí de casa depois de escrever aquele post e fui no metrô pensando nas pequenas coisas idiotas que me fazem me sentir parte integrante da cidade. Isso vai ser um outro post, com calma, um dia. Mas uma das coisas que eu fui pensando é como ia ser legal quando eu começasse a encontrar pessoas conhecidas de Londres por acaso na rua, que nem no Rio às vezes acontece. Londres é enorme, né? E eu conheço beeeem menos gente aqui. Será que um dia rola?
Enfim. Tava saindo da Jubilee em Green Park quando ouço alguém chamar meu nome. Olho pro lado vindo pela direção oposta estava a Ellen, uma taiwanesa gente boa da minha sala. Eu fiquei tão feliz! Ela tava de bobeira, então acabou vindo comigo encontrar a CJ e a gente foi ver Wall-E (não deu tempo da exposição do sueco, mas po! Finalmente vi Wall-E! Eeeeeê!!).
Foi muito maneiro encontrar alguém por acaso no metrô. Fiquei feliz o resto do dia.
Depois do filme, resolvemos ir jantar, e aproveitamos que o cinema era do lado de Chinatown, e que tínhamos uma local conosco, então fomos jantar lá. A Ellen levou a gente num restaurante taiwanês que abriu por lá, o primeiro especializado em comida taiwanesa no Reino Unido, e ela nunca tinha ido mas tinha ouvido falar que era bom. Foi maneiro, ela ia perguntando direções em mandarim pras pessoas na rua, pediu tudo pra gente (melhor dumpling que eu comi na vida, e tipo um omelete de ostra bonzão também), o restaurante era todo bonitinho, comemos muito e deu menos de 10 libras por pessoa, eu amo Chinatown. A garçonete, como sempre que eu vou a Chinatown, super grosseira.
A Ellen pediu desculpas pela falta de educação da garçonete, e explicou pra gente que em Chinatown os restaurantes todos pertencem a gansteres da máfia chinesa!! Ela disse que nenhum estudante chinês consegue emprego lá, que eles sempre colocam pessoas protegidas ou da família, e por isso que todo mundo é mal-educado: eles têm proteção da máfia. Caraca!!! A máfia chinesa é mesmo dona de Chinatown!!! Eu achava que isso era uma lenda urbana inventada por ingleses xenofóbicos ou que assistem muito filme do Tarantino!!!
Claro que eu já tinha notado que os garçons são sempre mal-educados, mas eu achava que era uma coisa cultural, que o conceito de "o cliente tem sempre razão" era uma coisa ocidental. A Ellen garantiu que não: em Taiwan o cliente também tem sempre razão, e na China, onde o pessoal é mesmo mais tosco, nas grandes cidades o serviço também é bom. E que nunca é tão ruim quanto nesses restaurantes de Chinatown.
A CJ achava que eram mal-educados porque ela é americana e todo mundo odeia os americanos hahahaha.
Enfim. Depois fomos tomar milkshake numa diner tipo americana retrô que tem no Soho, a CJ nunca tinha ido e se amarrou. Passamos também por um tipo boteco italiano que tem lá, e só tinham homens lindos dentro, então fomos embora da porta pra evitar frustração desnecessária.
Enfim. Já que faei de Chinatown, vai um videozinho do Hot Club of Cowtown, que vai tocar em Londres na quinta, num show onde provavelmente vou acabar indo sozinha. Ah, mas o Bernardo vem aí, por duas semanas só vou a show acompanhada!! Eba eba eba!
Enfim. Tava saindo da Jubilee em Green Park quando ouço alguém chamar meu nome. Olho pro lado vindo pela direção oposta estava a Ellen, uma taiwanesa gente boa da minha sala. Eu fiquei tão feliz! Ela tava de bobeira, então acabou vindo comigo encontrar a CJ e a gente foi ver Wall-E (não deu tempo da exposição do sueco, mas po! Finalmente vi Wall-E! Eeeeeê!!).
Foi muito maneiro encontrar alguém por acaso no metrô. Fiquei feliz o resto do dia.
Depois do filme, resolvemos ir jantar, e aproveitamos que o cinema era do lado de Chinatown, e que tínhamos uma local conosco, então fomos jantar lá. A Ellen levou a gente num restaurante taiwanês que abriu por lá, o primeiro especializado em comida taiwanesa no Reino Unido, e ela nunca tinha ido mas tinha ouvido falar que era bom. Foi maneiro, ela ia perguntando direções em mandarim pras pessoas na rua, pediu tudo pra gente (melhor dumpling que eu comi na vida, e tipo um omelete de ostra bonzão também), o restaurante era todo bonitinho, comemos muito e deu menos de 10 libras por pessoa, eu amo Chinatown. A garçonete, como sempre que eu vou a Chinatown, super grosseira.
A Ellen pediu desculpas pela falta de educação da garçonete, e explicou pra gente que em Chinatown os restaurantes todos pertencem a gansteres da máfia chinesa!! Ela disse que nenhum estudante chinês consegue emprego lá, que eles sempre colocam pessoas protegidas ou da família, e por isso que todo mundo é mal-educado: eles têm proteção da máfia. Caraca!!! A máfia chinesa é mesmo dona de Chinatown!!! Eu achava que isso era uma lenda urbana inventada por ingleses xenofóbicos ou que assistem muito filme do Tarantino!!!
Claro que eu já tinha notado que os garçons são sempre mal-educados, mas eu achava que era uma coisa cultural, que o conceito de "o cliente tem sempre razão" era uma coisa ocidental. A Ellen garantiu que não: em Taiwan o cliente também tem sempre razão, e na China, onde o pessoal é mesmo mais tosco, nas grandes cidades o serviço também é bom. E que nunca é tão ruim quanto nesses restaurantes de Chinatown.
A CJ achava que eram mal-educados porque ela é americana e todo mundo odeia os americanos hahahaha.
Enfim. Depois fomos tomar milkshake numa diner tipo americana retrô que tem no Soho, a CJ nunca tinha ido e se amarrou. Passamos também por um tipo boteco italiano que tem lá, e só tinham homens lindos dentro, então fomos embora da porta pra evitar frustração desnecessária.
Enfim. Já que faei de Chinatown, vai um videozinho do Hot Club of Cowtown, que vai tocar em Londres na quinta, num show onde provavelmente vou acabar indo sozinha. Ah, mas o Bernardo vem aí, por duas semanas só vou a show acompanhada!! Eba eba eba!
domingo, 31 de agosto de 2008
O give me land, lots of land under starry skies above
Meu pai ficou 9 dias aqui comigo. Foi embora anteontem. Semana que vem meu flatmate novo se muda pra cá, aí no dia 5 eu vou encontrar minha mãe na Dinamarca (uhu!), e quando eu voltar, meu grande amigo Bernardo (que escreve o sobremusica, tá ali nos links eu acho) já estará aqui pra passar duas semanas aqui em casa. Foi ótimo passar esses dias com o meu pai, e eu estou feliz do flatmate novo estar vindo (meio apreensiva de morar com um cara quase totalmente desconhecido pela primeira vez, mas acho que vai ser legal), e tô animadassa do Bernardo vir, é meu primeiro amigo do Brasil que vem ficar aqui. Vamos a shows, e ele vai ganhar a Guinness prometida. Tudo ótimo.
Mas...
Minha avó morava sozinha no Espírito Santo, e no verão todos os filhos e netos iam passar as férias lá na casa dela. Ela dizia que tinha duas alegrias: quando o primeiro chegava e quando o último ia embora.
Eu adoro ficar sozinha em casa. Adoooooro. O que eu mais queria ontem era curtir meu apartamento, aproveitar esses últimos momentos de privacidade, cantando no banho, andando de roupão pela casa, tocando clarinete sem me preocupar com quem está ouvindo, cozinhando só pra mim com calma, deixando a cozinha bagunçada se eu estivesse sem saco de arrumar, chorando loucamente assistindo Gray's Anatomy ou rindo alto assistindo The IT Crowd.
Pois bem. Depois de duas semanas de céu nublado, ontem fez solzinho. Eis o dilema.
A vontade louca de sair e aproveitar o sol, que sabe-se lá quando daria as caras novamente por essas bandas.
A vontade louca de ficar em casa e não fazer absolutamente nada, depois de vários dias andando por mil lugares com meu pai.
Ai, meu Deus. E agora. Que fazer. Ó, que dilema.
Já diz o ditado, né: o sol tá indo embora e a gente tá na sombra.
Saí de casa. Passeei em Covent Garden e no South Bank com a Debora, amiga minha brasileira da minha sala. Foi ótimo.
Hoje, em vez de curtir meu apartamento, vou curtir uma exposição de um sueco aleatório e finalmente assistir Wall-E com outra amiga.
Se todos os dilemas da vida fossem assim, tudo seria mais fácil. Mas, pensando bem, talvez muitos sejam (e nem por isso é mais fácil). Acho que eu to enxergando metáforas de novo... hahahaha
Mas...
Minha avó morava sozinha no Espírito Santo, e no verão todos os filhos e netos iam passar as férias lá na casa dela. Ela dizia que tinha duas alegrias: quando o primeiro chegava e quando o último ia embora.
Eu adoro ficar sozinha em casa. Adoooooro. O que eu mais queria ontem era curtir meu apartamento, aproveitar esses últimos momentos de privacidade, cantando no banho, andando de roupão pela casa, tocando clarinete sem me preocupar com quem está ouvindo, cozinhando só pra mim com calma, deixando a cozinha bagunçada se eu estivesse sem saco de arrumar, chorando loucamente assistindo Gray's Anatomy ou rindo alto assistindo The IT Crowd.
Pois bem. Depois de duas semanas de céu nublado, ontem fez solzinho. Eis o dilema.
A vontade louca de sair e aproveitar o sol, que sabe-se lá quando daria as caras novamente por essas bandas.
A vontade louca de ficar em casa e não fazer absolutamente nada, depois de vários dias andando por mil lugares com meu pai.
Ai, meu Deus. E agora. Que fazer. Ó, que dilema.
Já diz o ditado, né: o sol tá indo embora e a gente tá na sombra.
Saí de casa. Passeei em Covent Garden e no South Bank com a Debora, amiga minha brasileira da minha sala. Foi ótimo.
Hoje, em vez de curtir meu apartamento, vou curtir uma exposição de um sueco aleatório e finalmente assistir Wall-E com outra amiga.
Se todos os dilemas da vida fossem assim, tudo seria mais fácil. Mas, pensando bem, talvez muitos sejam (e nem por isso é mais fácil). Acho que eu to enxergando metáforas de novo... hahahaha
terça-feira, 19 de agosto de 2008
anniversary
Hoje faz um ano que eu me mudei pra Londres! :)
Pra comemorar, fiz uma porrada de coisas: depositei um cheque, fui rejeitada pra uma conta de banco decente outra vez, comprei uma passagem de trem pra minha mãe ir a Paris, uma bateria nova pra minha câmera, umas pastas pra organizar papel e, feito isso, encontrei uns amigos pra ver um filme em Leicester Square (Prince Caspian), e depois tomamos uma cerveja num pub de uma mesma cadeia onde a gente foi em Dublin (eu não teria lembrado se a CJ não tivesse falado. mas ela tem razão. E a cerveja é ótima). Veio um inglês bebaço falar coisas sem sentido pra gente, hehehehe, divertido, eu tava com saudade.
Amanhã devo ir à Ikea, aiaiai, me dá cansaço só de pensar. Mas vou experimentar a de Wembley em vez da de Croydon, ver se melhora a situação.
Há um tempão atrás me passaram uma comunidade no orkut sobre as Palavras Terapêuticas. Sério, comunidades do orkut são o que há de melhor no humor brasileiro hoje em dia!! "Jacobinos Gatinhos", "Eu não adoro nem odeio atum", fala sério, isso é genial!! Mas isso é também outro post. Palavras Terapeuticas, então: "são aquelas que, quando ditas em bom som, causam uma sensação de paz interior, mesmo que por frações de segundo, no indivíduo que as profere."
As minhas preferidas da lista oferecida são Amálgama, Balaústre e Foca.
Em homenagem ao meu aniversário de um ano em Londres, vou postar aqui uma pequena lista de palavras terapêuticas pra mim extraídas do metrô de Londres. São tantas! Algumas delas só têm efeito terapêutico se ditas na voz da mulher do metrô (aqueles que ela fala e dá vontade de repetir igualzinho), e outras eu nunca nem ouvi a mulher do metrô pronunciar (porque nunca fui praquelas bandas), e outras não tem nenhum motivo, mas enfim, vale a intenção. Lá vai:
• Goodge Street
• Jubilee Line
• Bakerloo Line
• Willesden Green
• Piccadilly
• Hammersmith
• Pimlico
• Tooting Bec
• Paddington
• Chorleywood
• Ruislip Manor
• Tottenham Court Road (só porque o Bruno chamava de "Rua Totalmente Curta" quando era pequeno)
• Chalk Farm
• Cockfosters
• Angel
• Blackfriars
• Wembley Park
• Putney Bridge
• Poplar
• Totteridge and Whetstone
• Chancery Lane
• Whitechapel
• Wapping
• Perivale
• Clapham Junction
Quando eu lembrar de mais, vou adicionando à lista.
Elephant and Castle antigamente era, mas agora que eu estudo lá e vi que lugar feio que é, perdeu o glamour...
--
Ah, e um PS: li no jornal tosco hoje que esse mês está sendo chamado de "Awful August", e promete ser o agosto mais molhado dos últimos 92 anos... Pqp.
Pra comemorar, fiz uma porrada de coisas: depositei um cheque, fui rejeitada pra uma conta de banco decente outra vez, comprei uma passagem de trem pra minha mãe ir a Paris, uma bateria nova pra minha câmera, umas pastas pra organizar papel e, feito isso, encontrei uns amigos pra ver um filme em Leicester Square (Prince Caspian), e depois tomamos uma cerveja num pub de uma mesma cadeia onde a gente foi em Dublin (eu não teria lembrado se a CJ não tivesse falado. mas ela tem razão. E a cerveja é ótima). Veio um inglês bebaço falar coisas sem sentido pra gente, hehehehe, divertido, eu tava com saudade.
Amanhã devo ir à Ikea, aiaiai, me dá cansaço só de pensar. Mas vou experimentar a de Wembley em vez da de Croydon, ver se melhora a situação.
Há um tempão atrás me passaram uma comunidade no orkut sobre as Palavras Terapêuticas. Sério, comunidades do orkut são o que há de melhor no humor brasileiro hoje em dia!! "Jacobinos Gatinhos", "Eu não adoro nem odeio atum", fala sério, isso é genial!! Mas isso é também outro post. Palavras Terapeuticas, então: "são aquelas que, quando ditas em bom som, causam uma sensação de paz interior, mesmo que por frações de segundo, no indivíduo que as profere."
As minhas preferidas da lista oferecida são Amálgama, Balaústre e Foca.
Em homenagem ao meu aniversário de um ano em Londres, vou postar aqui uma pequena lista de palavras terapêuticas pra mim extraídas do metrô de Londres. São tantas! Algumas delas só têm efeito terapêutico se ditas na voz da mulher do metrô (aqueles que ela fala e dá vontade de repetir igualzinho), e outras eu nunca nem ouvi a mulher do metrô pronunciar (porque nunca fui praquelas bandas), e outras não tem nenhum motivo, mas enfim, vale a intenção. Lá vai:
• Goodge Street
• Jubilee Line
• Bakerloo Line
• Willesden Green
• Piccadilly
• Hammersmith
• Pimlico
• Tooting Bec
• Paddington
• Chorleywood
• Ruislip Manor
• Tottenham Court Road (só porque o Bruno chamava de "Rua Totalmente Curta" quando era pequeno)
• Chalk Farm
• Cockfosters
• Angel
• Blackfriars
• Wembley Park
• Putney Bridge
• Poplar
• Totteridge and Whetstone
• Chancery Lane
• Whitechapel
• Wapping
• Perivale
• Clapham Junction
Quando eu lembrar de mais, vou adicionando à lista.
Elephant and Castle antigamente era, mas agora que eu estudo lá e vi que lugar feio que é, perdeu o glamour...
--
Ah, e um PS: li no jornal tosco hoje que esse mês está sendo chamado de "Awful August", e promete ser o agosto mais molhado dos últimos 92 anos... Pqp.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
still I wander, yes I wander, and I'll never go back home
Cheguei em casa agora há pouco. O tempo tá horrível, tudo cinzento e um vento frio absurdo. Escrotão, o inverno no Brasil tava super agradável, temperatura ótima e dias lindos, e aqui o verão tá essa bosta... Mas como o tempo aqui é meio doido, qualquer hora dessas melhora.
Apesar de tudo, é bom chegar em Londres. Ontem tive um mini-surto na hora de sair de casa... Dá um aperto no coração ir embora... Me deu a sensação de que vai ser assim pra sempre, pro resto da vida, eu nunca vou estar inteira em lugar nenhum. Esse pensamento me deixou meio apavorada. E claro que sempre que eu chego aqui eu me sinto completamente sozinha.
A casa tá na mesma bagunça que eu deixei, mas eu adoro meu apartamento. Minha florzinha highlander morreu dessa vez... Um mês e meio sozinha sem ser regada no verão foi demais até pra ela, tadinha. Amanhã vou ver se passo no Borough Market e compro plantinhas novas. E um pé de alecrim novo também, aproveitando o ensejo, já que eu sou serial killer de alecrim e manjericão. Fui ao supermercado, já que aqui não tinha nada pra comer. Estou abrindo a correspondência. Vão"tomar providências legais" contra mim porque eu não paguei minha TV license até o dia 22 de julho. Porra, eu nem tenho TV... Vou ter que ligar pra lá e dizer isso. Amanhã, no horário comercial.
Ah, agora há pouco vi pela janela da sala um esquilo na árvore ali fora.
No jornal tosco que vim lendo no metrô tinha uma grande matéria sobre terroristas que roubam gnomos de jardim. E sobre águas-vivas-assassinas-tropicais invadindo a costa inglesa.
Hoje faz um ano que eu terminei meu namoro.
Muito obrigada a todas as pessoas que tornaram essa temporada no Brasil tão legal!! Daqui a pouquinho tô aí de novo. Dessa vez é pouco tempo longe, dezembro é daqui a 4 meses.
Apesar de tudo, é bom chegar em Londres. Ontem tive um mini-surto na hora de sair de casa... Dá um aperto no coração ir embora... Me deu a sensação de que vai ser assim pra sempre, pro resto da vida, eu nunca vou estar inteira em lugar nenhum. Esse pensamento me deixou meio apavorada. E claro que sempre que eu chego aqui eu me sinto completamente sozinha.
A casa tá na mesma bagunça que eu deixei, mas eu adoro meu apartamento. Minha florzinha highlander morreu dessa vez... Um mês e meio sozinha sem ser regada no verão foi demais até pra ela, tadinha. Amanhã vou ver se passo no Borough Market e compro plantinhas novas. E um pé de alecrim novo também, aproveitando o ensejo, já que eu sou serial killer de alecrim e manjericão. Fui ao supermercado, já que aqui não tinha nada pra comer. Estou abrindo a correspondência. Vão"tomar providências legais" contra mim porque eu não paguei minha TV license até o dia 22 de julho. Porra, eu nem tenho TV... Vou ter que ligar pra lá e dizer isso. Amanhã, no horário comercial.
Ah, agora há pouco vi pela janela da sala um esquilo na árvore ali fora.
No jornal tosco que vim lendo no metrô tinha uma grande matéria sobre terroristas que roubam gnomos de jardim. E sobre águas-vivas-assassinas-tropicais invadindo a costa inglesa.
Hoje faz um ano que eu terminei meu namoro.
Muito obrigada a todas as pessoas que tornaram essa temporada no Brasil tão legal!! Daqui a pouquinho tô aí de novo. Dessa vez é pouco tempo longe, dezembro é daqui a 4 meses.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
domingo no parque
Mais clima de amor!
Ontem a gente fez um piquenique em Regent's Park. Não estava sol como a previsão do tempo vinha dizendo alguns dias antes, mas pelo menos não choveu (e na véspera eu bem fiquei com medo, sábado tava um tempo horrível).
O piquenique foi muito foda!! A comida tava deliciosa. As pessoas realmente cozinharam! tinha especialidades regas e mexicanas, salgadinhos/docinhos japoneses esquisitos, paçoquinha, bolo de cenoura, PUDIM DE LEITE (melhor do mundo!!! A Monica, mexicana, que fez, só que no méxico se chama flan. Eu devo ter comido metade do pudim sozinha...), tinha guacamole feito em casa (pela turca, só pra confundir), e croissant, e pãezinhos indianos recheados, e tal. E cerveja gelada (Guinness e Stella e Carlsberg). E vinho branco e coca cola, mas eu fiquei na cerveja. E a gente jogou frisbeeball, e foi o melhor jogo do mundo. E dessa vez o fato de ter muita mulher foi ótimo, porque aí eu pude participar do jogo numa boa, porque elas também eram meio toscas que nem eu. Várias pessoas foram atingidas no rosto com o frisbee/tampa do tupperware. Mas todos sobreviveram. Teve uns esquilos doidos, uns patos que a gente importunou (tadinhos), uma bola presa na árvore, meus dois chinelos presos na árvore, uma lata de desodorante presa na árvore, uma garota grega presa na árvore (tudo isso tentando fazer a bola cair, e o maldito esquilo não colaborou).
E no final eu e mais três ainda fomos terminar a noite ouvindo ska e rockzinho no Elephant's Head em Camden.
Meu domingo foi perfeito.

Na foto, Luis tenta balançar o galho da árvore pra bola cair. Taka, no cantinho inferior direito, observa (ele subiu depois e conseguiu a façanha, e os dois conseguiram devolver também meus chinelos e o desodorante).
Ontem a gente fez um piquenique em Regent's Park. Não estava sol como a previsão do tempo vinha dizendo alguns dias antes, mas pelo menos não choveu (e na véspera eu bem fiquei com medo, sábado tava um tempo horrível).
O piquenique foi muito foda!! A comida tava deliciosa. As pessoas realmente cozinharam! tinha especialidades regas e mexicanas, salgadinhos/docinhos japoneses esquisitos, paçoquinha, bolo de cenoura, PUDIM DE LEITE (melhor do mundo!!! A Monica, mexicana, que fez, só que no méxico se chama flan. Eu devo ter comido metade do pudim sozinha...), tinha guacamole feito em casa (pela turca, só pra confundir), e croissant, e pãezinhos indianos recheados, e tal. E cerveja gelada (Guinness e Stella e Carlsberg). E vinho branco e coca cola, mas eu fiquei na cerveja. E a gente jogou frisbeeball, e foi o melhor jogo do mundo. E dessa vez o fato de ter muita mulher foi ótimo, porque aí eu pude participar do jogo numa boa, porque elas também eram meio toscas que nem eu. Várias pessoas foram atingidas no rosto com o frisbee/tampa do tupperware. Mas todos sobreviveram. Teve uns esquilos doidos, uns patos que a gente importunou (tadinhos), uma bola presa na árvore, meus dois chinelos presos na árvore, uma lata de desodorante presa na árvore, uma garota grega presa na árvore (tudo isso tentando fazer a bola cair, e o maldito esquilo não colaborou).
E no final eu e mais três ainda fomos terminar a noite ouvindo ska e rockzinho no Elephant's Head em Camden.
Meu domingo foi perfeito.

Na foto, Luis tenta balançar o galho da árvore pra bola cair. Taka, no cantinho inferior direito, observa (ele subiu depois e conseguiu a façanha, e os dois conseguiram devolver também meus chinelos e o desodorante).
quarta-feira, 23 de abril de 2008
interlúdio histórico
Nada a ver com cotidiano nem trabalho nenhum:
a Julia tava falando que em 1500 a área onde a gente morava nem aparecia no mapa, só porque ficava do outro lado do rio (isso pq a gente tá MUITO central, dá pra ir andando tranquilamente até o Big Ben, é uma caminhadinha de meia hora ou 40 minutos mas dá trank). Era do lado, mas como era do outro lado do rio, era outra cidade. Mas na verdade parece que foi aqui que os romanos fundaram Londres – London Bridge é a ponte mais antiga de Londres (não essa ponte especificamente, mas a ponte nesse lugar, porque na verdade ela ja foi reconstruida alguma vezes). Eu gosto dessas paradas históricas... é legal morar na Europa, porque a história documentada vai até bem mais longe do que a nossa, e isso é valorizado.
Mas enfim. Essa história da cidade do outro lado do rio me fez lembrar que em Basel, na Suiça, rola uma rivalidade entre Gross Basel e Klein Basel (Baselzão e Baselzinho). Gross Basel é a área mais rica da cidade, fica de um lado do rio Reno, que era a Basel "original", pelo que eu entendi. Klein Basel é a basel "tosca", que fica do outro lado do rio. Só que Basel é bem pequena (acho que é a terceira maior cidade da Suiça, ou seja, tão pequenininha e fofinha e tchutchutchu pros nossos padrões).
Mas então. Mesmo depois que rolou uma ponte ligando os dois lados do rio, e mesmo depois de ser considerado uma cidade só, ainda rolava uma estátua na ponte, do lado de Gross Basel, apontado pra Klein Basel, fazendo uma mega careta. Sim. Tinha uma estátua fazendo careta na ponte da cidade. Dizendo "blebleblé" pra Basel Tosca.
Isso ficou por lá alguns séculos, e agora a estátua tá na prefeitura da cidade (em Gross Basel, claro).
Fiquei feliz de ter lembrado disso... Meu tempo em Basel foi bem, bem, bem foda. E morar na Europa é muito legal.
Fim do interlúdio histórico. Volto agora pro meu trabalho normal.
a Julia tava falando que em 1500 a área onde a gente morava nem aparecia no mapa, só porque ficava do outro lado do rio (isso pq a gente tá MUITO central, dá pra ir andando tranquilamente até o Big Ben, é uma caminhadinha de meia hora ou 40 minutos mas dá trank). Era do lado, mas como era do outro lado do rio, era outra cidade. Mas na verdade parece que foi aqui que os romanos fundaram Londres – London Bridge é a ponte mais antiga de Londres (não essa ponte especificamente, mas a ponte nesse lugar, porque na verdade ela ja foi reconstruida alguma vezes). Eu gosto dessas paradas históricas... é legal morar na Europa, porque a história documentada vai até bem mais longe do que a nossa, e isso é valorizado.
Mas enfim. Essa história da cidade do outro lado do rio me fez lembrar que em Basel, na Suiça, rola uma rivalidade entre Gross Basel e Klein Basel (Baselzão e Baselzinho). Gross Basel é a área mais rica da cidade, fica de um lado do rio Reno, que era a Basel "original", pelo que eu entendi. Klein Basel é a basel "tosca", que fica do outro lado do rio. Só que Basel é bem pequena (acho que é a terceira maior cidade da Suiça, ou seja, tão pequenininha e fofinha e tchutchutchu pros nossos padrões).
Mas então. Mesmo depois que rolou uma ponte ligando os dois lados do rio, e mesmo depois de ser considerado uma cidade só, ainda rolava uma estátua na ponte, do lado de Gross Basel, apontado pra Klein Basel, fazendo uma mega careta. Sim. Tinha uma estátua fazendo careta na ponte da cidade. Dizendo "blebleblé" pra Basel Tosca.
Isso ficou por lá alguns séculos, e agora a estátua tá na prefeitura da cidade (em Gross Basel, claro).
Fiquei feliz de ter lembrado disso... Meu tempo em Basel foi bem, bem, bem foda. E morar na Europa é muito legal.
Fim do interlúdio histórico. Volto agora pro meu trabalho normal.
domingo, 9 de março de 2008
saturday night
Sábado à noite.
A Jul diz: "bora sair, liga pra Fulaninha", e eu ligo e pergunto qual é a boa, ela que tá indo dançar rockabilly não sei onde com uma galera, dali a pouco mais duas pessoas me ligam perguntando qual é a boa, eu falo que to indo pro tal lugar de Rockabilly, aí uma das pessoas acaba indo, outra diz que vai e depois manda mensagem dizendo que resolveu ficar no barzinho bebendo com outras pessoas, a Julia acaba resolvendo que tá cansada, eu vou, saio de casa meia noite e meia (INCRÍVEL!!!), vejo que conheço a menina da porta e entro de graça, encontro as pessoas lá dentro (de dois grupos diferentes, que não se conheciam), fico dançando até 5 da manhã, saio do bar SEM SER EXPULSA PORQUE O TROÇO FECHOU, é simplesmente que todo mundo resolveu que tá cansado, aí eu volto pra casa.
Nada demais, certo? Típico sábado a noite?
Típico sábado a noite do Rio, pra falar a verdade. Com excessão do frio, de eu voltar de ônibus sozinha as 5 da manhã, e dos rockabillies fuefos. Mas sério. Saí de casa tarde, dormi amanhecendo, e falei com mil pessoas enroladas de grupos diferentes antes de ver pra onde ia sair e com quem. Acho que eu finalmente tô em casa. :)
Agora vamos lá. De volta aos cafés, tarefas diárias e trabalhos do curso.
A Jul diz: "bora sair, liga pra Fulaninha", e eu ligo e pergunto qual é a boa, ela que tá indo dançar rockabilly não sei onde com uma galera, dali a pouco mais duas pessoas me ligam perguntando qual é a boa, eu falo que to indo pro tal lugar de Rockabilly, aí uma das pessoas acaba indo, outra diz que vai e depois manda mensagem dizendo que resolveu ficar no barzinho bebendo com outras pessoas, a Julia acaba resolvendo que tá cansada, eu vou, saio de casa meia noite e meia (INCRÍVEL!!!), vejo que conheço a menina da porta e entro de graça, encontro as pessoas lá dentro (de dois grupos diferentes, que não se conheciam), fico dançando até 5 da manhã, saio do bar SEM SER EXPULSA PORQUE O TROÇO FECHOU, é simplesmente que todo mundo resolveu que tá cansado, aí eu volto pra casa.
Nada demais, certo? Típico sábado a noite?
Típico sábado a noite do Rio, pra falar a verdade. Com excessão do frio, de eu voltar de ônibus sozinha as 5 da manhã, e dos rockabillies fuefos. Mas sério. Saí de casa tarde, dormi amanhecendo, e falei com mil pessoas enroladas de grupos diferentes antes de ver pra onde ia sair e com quem. Acho que eu finalmente tô em casa. :)
Agora vamos lá. De volta aos cafés, tarefas diárias e trabalhos do curso.
sábado, 8 de março de 2008
moto
uuuuuuhuhuhuhuhuhuhuhuhu uuuuiiiiii weeeeeeeeeeee hahahahahaha
adoreeeeei!!!!
É tipo uma montanha russa só que vc olha pro lado e tem a London Bridge passando.
Eu TOTALMENTE entendi a parada do Sagmeister do design e da felicidade agora.
adoreeeeei!!!!
É tipo uma montanha russa só que vc olha pro lado e tem a London Bridge passando.
Eu TOTALMENTE entendi a parada do Sagmeister do design e da felicidade agora.
domingo, 10 de fevereiro de 2008
fire in my soul
Eu nunca tinha visto um incêndio... As labaredas iam muito alto. Se eu não estivesse preocupada, teria sido até bonito. Mas parece que ninguém se feriu, então acho que foi bonito mesmo.
Eu tava ali em Camden, tinha tentado comprar uma bota de chuva, e tava tomando cerveja e ouvindo rockabilly no Elephant's Head. Aí veio a mulher e falou que lá fora tava um fogo, e eu achei que era uma gíria antiga, porque ela fala "xinfra". Mas era de verdade! E a gente tinha passado lá fora 15 minutos antes e não tinha começado ainda... Dali a pouco vieram os policiais mandando a gente terminar de beber rapidinho e evacuar a área (nada como sugerir aos bêbados de plantão que virem suas cervejas e saiam pela rua perto de um incêndio...). Enfim.
Já fiquei sóbria no dia do programa de índio da Fabric, onde descobri que desenvolvi imunidade a tequila. Depois, fiquei sóbria no lugar da cerveja quente baratinha porque a menina tava com frio e quis ir embora. Depois fiquei sóbria no lugar que vende coquetel Acapulco porque eles fecharam meia noite e meia (e tava barulhento e lotado lá, parecia mesmo o metrô). Aí ontem fiquei sóbria porque mandaram evacuar nosso pub. O universo não quer mais me ver bêbada! Sabia que alguma hora ele ia ficar de saco cheio.
Eu tava ali em Camden, tinha tentado comprar uma bota de chuva, e tava tomando cerveja e ouvindo rockabilly no Elephant's Head. Aí veio a mulher e falou que lá fora tava um fogo, e eu achei que era uma gíria antiga, porque ela fala "xinfra". Mas era de verdade! E a gente tinha passado lá fora 15 minutos antes e não tinha começado ainda... Dali a pouco vieram os policiais mandando a gente terminar de beber rapidinho e evacuar a área (nada como sugerir aos bêbados de plantão que virem suas cervejas e saiam pela rua perto de um incêndio...). Enfim.
Já fiquei sóbria no dia do programa de índio da Fabric, onde descobri que desenvolvi imunidade a tequila. Depois, fiquei sóbria no lugar da cerveja quente baratinha porque a menina tava com frio e quis ir embora. Depois fiquei sóbria no lugar que vende coquetel Acapulco porque eles fecharam meia noite e meia (e tava barulhento e lotado lá, parecia mesmo o metrô). Aí ontem fiquei sóbria porque mandaram evacuar nosso pub. O universo não quer mais me ver bêbada! Sabia que alguma hora ele ia ficar de saco cheio.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
home
To embarcando de volta hoje, pro meu apartamentinho querido perto do rio (Tâmisa, não De Janeiro).
A febre pelo menos parou, vou só entupida e com dor de cabeça, o que é um grande adianto.
Inacreditável é que eu já to com saudade de lá... To com saudade da minha cozinha, e do apartamento todo, e até do meu sobretudo e meu cachecol (acho que eu to pegando o jeito dessa coisa de roupa de frio, me sentindo menos gorda e feia quando saio na rua). Tenho cachecol que combina com o meu cabelo, e tenho o cachecol grandão rosa que fica bem com o casaco magico, e tenho minha luva comprida cinzinha, e comprei um chapéu lindo na véspera de vir pra cá. E agora vai começar meu curso, e eu vou conhecer gente nova, e vai ser legal. Espero.
O que eu continuo querendo mais do que qualquer coisa é recrutar todos os meus amigos pra irem morar em Londres também... O Rio é bem mais legal pra passar férias, acreditem. Me diverti muito turistando.
É isso. Sentirei muita saudade, venham me visitar.
A febre pelo menos parou, vou só entupida e com dor de cabeça, o que é um grande adianto.
Inacreditável é que eu já to com saudade de lá... To com saudade da minha cozinha, e do apartamento todo, e até do meu sobretudo e meu cachecol (acho que eu to pegando o jeito dessa coisa de roupa de frio, me sentindo menos gorda e feia quando saio na rua). Tenho cachecol que combina com o meu cabelo, e tenho o cachecol grandão rosa que fica bem com o casaco magico, e tenho minha luva comprida cinzinha, e comprei um chapéu lindo na véspera de vir pra cá. E agora vai começar meu curso, e eu vou conhecer gente nova, e vai ser legal. Espero.
O que eu continuo querendo mais do que qualquer coisa é recrutar todos os meus amigos pra irem morar em Londres também... O Rio é bem mais legal pra passar férias, acreditem. Me diverti muito turistando.
É isso. Sentirei muita saudade, venham me visitar.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
campo de batalha
Tá. Eu não preciso trabalhar hoje e você não tem aula. Então vamos mesmo fazer compras em Oxford Street. Mas lembre-se, Julia: lá é um lugar de agressividade, tensão e medo. É um campo de batalha. É preciso, acima de tudo, manter a calma, não se deixar dominar pelos nervos. É preciso estar com os sentidos em alerta o tempo todo. Lá é cada um por si, compradores solitários ou em gangues, não importa, é a lei da selva. É preciso desviar da multidão formada por hordas de velhinhas barraqueiras, batedores de carteira, distribuidores de flyers, muçulmanas besuntadas em ouro, manadas de pré-adolescentes vulgares, famílias com carrinhos de bebê, moças de bota que berram no celular, orientais que tiram fotos, indianos distribuindo jornais gratuitos, senhoras sem noção de espaço, e, presumo eu, até pessoas legais e normais que a gente nem percebe que são normais e legais porque a essa altura todo mundo já está tão na defensiva que um pedido de "excuse me, please" é interpretado como um "sua mãe era uma prostituta suja". Em uma loja toca Jack Johnson, baixinho, está agradável. Em outra toca Hip-Hop, alguns decibéis acima do que deveria, o vendedor faz uma piada sobre o meu casaco e eu percebo que não tenho mais senso de humor. Espero que eu não me arrependa de comprar essa calça amanhã. "Não aguento mais experimentar nada. Aposto que pra mim é M. Vê se tem M nesse cinza escuro aí do seu lado." A cada loja em que a gente entra temos que tirar os casacos, e vestir de novo quando voltamos pra rua. As luzinhas de natal azuladas vão acendendo e enfeitam a rua à medida que escurece, dando à paisagem um aspecto de conto de fadas do consumismo. Horas, horas, e a gente mal andou 2 quarteirões... Não dá pra aguentar mais, hora de voltar pra casa, metrô lotado na hora do rush. Esse senhor não para de me encarar, velho chato. Não consigo ler o que está escrito no jornal daquele cara sentado... Meredith o quê? Deixa pra lá. London Bridge, uhu, bom chegar em casa – e por que eu sempre peço desculpas pras pessoas que esbarram em mim? Frappucino Frappucino Frappucino Frappucino!!!
Sobrevivemos quase intactas à batalha, e sem se voltar uma contra a outra (é isso o que o inimigo quer, afinal). Entre os espólios de guerra, a calça nova que eu vou usar amanhã. Não achei um casaco como eu queria, nem minha bota. Semana que vem tem mais, então. Ufffff...
Sobrevivemos quase intactas à batalha, e sem se voltar uma contra a outra (é isso o que o inimigo quer, afinal). Entre os espólios de guerra, a calça nova que eu vou usar amanhã. Não achei um casaco como eu queria, nem minha bota. Semana que vem tem mais, então. Ufffff...
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Querido diario,
Hoje de manhã eu tava prestes a começar a trabalhar em um freela quando a Julia me ligou e disse que o dia tava lindo e a gente tinha que ir passear. Eu fiquei meio assim, eu tinha que fazer o trabalho, mas po, dias lindos e ensolarados em Londres não são uma coisa com a qual a gente pode contar... Sei lá por que, eu estava com uma página de horóscopo aberta, e resolvi ler o meu: "As obrigações com sua saúde e com o trabalho tiram você da rota mais confortável da rotina. Contudo, cuidar direito das obrigações retornará em um bom desenvolvimento." Ou seja, era pra eu me dedicar ao trabalho. Mas eu só acredito em horóscopo quando me convém, então foda-se, peguei o laptop e fui passear com a Julia.
O dia não tava lindo, ele tava espetacular. Quando fui trabalhar, sentada num canteirinho na beira do rio (acho que TODO post meu fala em beira do rio, né?) vi que o laptop tava sem bateria e tive que ficar carregando aquela porcaria o dia todo sem trabalhar porra nenhuma.
A gente tirou fotos (pena que o cara da estátua não tava lá... ele tava ontem mas eu tava sem a câmera), a gente falou merda, a gente tirou mais fotos, a gente perturbou pombos e folhas e corredores (bem, eu perturbei, ao menos), e tudo foi outonal e iluminado e lindo.
Mas olha só uma coisa:

Tirei essa foto hoje, pra mostrar que o parlamento continua lá. Ontem foi um dia de lembrar de um evento que quase destruiu tudo, e hoje é 6 de novembro, e ele continua lá, inteirinho. Achei isso uma grande metáfora pra alguma coisa.
Ah, sim, porque eu enxergo metáforas, agora. É quase uma versão mais pedante de "I see dead people".
O dia não tava lindo, ele tava espetacular. Quando fui trabalhar, sentada num canteirinho na beira do rio (acho que TODO post meu fala em beira do rio, né?) vi que o laptop tava sem bateria e tive que ficar carregando aquela porcaria o dia todo sem trabalhar porra nenhuma.
A gente tirou fotos (pena que o cara da estátua não tava lá... ele tava ontem mas eu tava sem a câmera), a gente falou merda, a gente tirou mais fotos, a gente perturbou pombos e folhas e corredores (bem, eu perturbei, ao menos), e tudo foi outonal e iluminado e lindo.
Mas olha só uma coisa:

Tirei essa foto hoje, pra mostrar que o parlamento continua lá. Ontem foi um dia de lembrar de um evento que quase destruiu tudo, e hoje é 6 de novembro, e ele continua lá, inteirinho. Achei isso uma grande metáfora pra alguma coisa.
Ah, sim, porque eu enxergo metáforas, agora. É quase uma versão mais pedante de "I see dead people".
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
remember, remember
Cara, sério, vou apagar do itunes todas essas porras dessas musicas do Chico Buarque que eu peguei da Julia. Eu deixo o itunes no shuffle e às vezes vai lá e toca o Chico dizendo coisas que eu não quero ouvir. Como diabos uma pessoa pode ficar feliz ouvindo Trocando em Miúdos de manhã? Eu não estaria bem mais feliz ouvindo Shebeen, do Toasters?
Porra.
Hoje tem trabalho pra fazer, e eu acordei tarde... Mas posso trabalhar até tarde. E agora a internet tá funcionando aqui em casa 100%, uhu!
Ah. E hoje é Guy Fawkes Day, 5 de novembro. É o aniversário da conspiração de explodir o parlamento inglês, e eu descobri na wikipedia que a expressão de chamar caras de "guys" em inglês começou pouco depois disso, através das criancinhas que iam de porta em porta pedir "a penny for the guy" todo dia 5 de novembro pra comprar fogos de artifício. E o Guy Fawkes é conhecido como "the only man to ever enter parliament with honourable intentions".
Aí rolam fogueiras e fogos de artifício por aí, eu acho, mas mais fora do centro de Londres. Uma pena. Eu moro perto do parlamento e queria ver fogos por lá (eu tenho medo de fogos, mas foda-se, de longe eu até gosto).
Por falar em parlamento, vou caminhar na beira do rio até lá, aproveitar que hoje parece ser o dia mais quente dessa semana, segundo meu trequinho de weather.
Porra.
Hoje tem trabalho pra fazer, e eu acordei tarde... Mas posso trabalhar até tarde. E agora a internet tá funcionando aqui em casa 100%, uhu!
Ah. E hoje é Guy Fawkes Day, 5 de novembro. É o aniversário da conspiração de explodir o parlamento inglês, e eu descobri na wikipedia que a expressão de chamar caras de "guys" em inglês começou pouco depois disso, através das criancinhas que iam de porta em porta pedir "a penny for the guy" todo dia 5 de novembro pra comprar fogos de artifício. E o Guy Fawkes é conhecido como "the only man to ever enter parliament with honourable intentions".
Aí rolam fogueiras e fogos de artifício por aí, eu acho, mas mais fora do centro de Londres. Uma pena. Eu moro perto do parlamento e queria ver fogos por lá (eu tenho medo de fogos, mas foda-se, de longe eu até gosto).
Por falar em parlamento, vou caminhar na beira do rio até lá, aproveitar que hoje parece ser o dia mais quente dessa semana, segundo meu trequinho de weather.
sábado, 27 de outubro de 2007
When the leaves start falling from the trees
Eu já vim pra Inglaterra outras vezes, já até morei aqui outras vezes durante vários meses, mas essa é a primeira vez que eu passo a transição do verão pro inverno aqui. De outras vezes eu já cheguei em meados do outono, e fui embora durante o verão.
To reparando em várias coisas a respeito do outono que eu não tinha reparado antes, algumas boas e legais e outras ruins e irritantes. Vou fazer uma listinha do que eu lembro agora:
• BOA: As folhas "imprimem" marcas marrons no chão quando chove. Depois, quando tá seco, se alguém varre as calçadas, ainda dá pra ver vários formatinhos de folhas estampados na calçada, é bonito.
• RUIM: As folhas escorregam quando molhadas. Tenho que ficar desviando delas na calçada, e às vezes não tem pra onde desviar porque são muitas folhas.
• BOA: Muitas árvores ficam com coloridos realmente bonitos. Mesmo. Nos lugares onde tem fileiras de árvores, tipo ali na beira do rio em frente às Houses of Parliament, fica lindo mesmo.
• RUIM: Faz frio e não dá vontade de ir a parque nenhum ver árvore nenhuma.
• BOA: No outono os rapazinhos ingleses começam a se vestir melhor e a gente vê vários meninos bonitinhos nos metrôs e ruas e pubs da vida. E eu não tenho namorado e não preciso me sentir culpada de achar ninguém bonitinho. Rá.
• RUIM: Faz frio! E a mamãe falou que a gente tem que usar camadas. E camadas são horríveis pq eu sempre me sinto gorda. E Toda vez que eu entro em algum lugar quente tenho que tirar as camadas. O casaco. O outro casaco. As luvas. O cachecol. E é cansativo, e enche o saco, e essa semana morreu a esperança do verão perdido voltar, e eu sei que andar de camiseta na rua aqui agora só em março do ano que vem.
• BOA: As cores da moda desse outono são cinza, roxo, rosa escuro e azul turquesa. Tá em todas as lojas. E são cores que ficam hiper bem em mim, lalala. Quando minha mãe esteve aqui eu fiz compras um pouquinho. Preciso aproveitar a moda e comprar mais porque eu to com frio e me sentindo horrorosa toda vez que eu saio de casa. H&M é baratinho. E eu comprei luvas de lá cinza compridas gostosas que nem me deixaram com raiva de usar luvas ainda (pq usar luva é um saco na verdade).
• RUIM: A árvore em frente à janela da sala, onde eu sento pra trabalhar, fica mais feia com menos folhas.
• BOA: Dá pra ver os esquilos correndo pelo galho da árvore em frente à janela da sala, agora que não tem folhas.
• RUIM: tem milhões de casaizinhos muuuuito melosos e irritantes em todo lugar. Nunca vi isso aqui nessa quantidade! Do tipo que fica se sando beijinhos e mais beijinhos no ponto de ônibus, sorrindo e pegando no narizinho um do outro, e ficam olhando um pra cara do outro e perdem o ônibus, e tal. Da primeira vez que eu vi achei engraçado. Mas po, tem isso em todo canto, já deu, né? A teoria da Julia é que no outono todo mundo está começando relacionamentos que vão durar o inverno todo, quando faz frio. No final da primavera todo mundo termina pra viver a putaria do verão. Então tá todo mundo de casalzinho novo e apaixonado. Fora que está frio o suficiente pra eles ficarem abraçadinhos o tempo todo, mas ainda não o bastante pra eles simplesmente ficarem em casa. Aí eles ficam na rua todos melosos atravancando a passagem das escadas rolantes enquanto se olham nos olhos. Que saco. (putz, como eu to amargurada, hehehehe)
• BOA: Ficar em casa lendo no frio é muito gostoso... Tomando chazinho... Mmmm...
• RUIM: como recém-solteira, ficar em casa lendo no frio é contra-produtivo. Mas a idéia de sair dá uma preguiiiiiiça...
• RUIM: É o contrário da primavera. Agora cada dia vai ficando mais curto, mais frio, e a gente sabe que a tendência é só piorar. Isso é uma merda.
To reparando em várias coisas a respeito do outono que eu não tinha reparado antes, algumas boas e legais e outras ruins e irritantes. Vou fazer uma listinha do que eu lembro agora:
• BOA: As folhas "imprimem" marcas marrons no chão quando chove. Depois, quando tá seco, se alguém varre as calçadas, ainda dá pra ver vários formatinhos de folhas estampados na calçada, é bonito.
• RUIM: As folhas escorregam quando molhadas. Tenho que ficar desviando delas na calçada, e às vezes não tem pra onde desviar porque são muitas folhas.
• BOA: Muitas árvores ficam com coloridos realmente bonitos. Mesmo. Nos lugares onde tem fileiras de árvores, tipo ali na beira do rio em frente às Houses of Parliament, fica lindo mesmo.
• RUIM: Faz frio e não dá vontade de ir a parque nenhum ver árvore nenhuma.
• BOA: No outono os rapazinhos ingleses começam a se vestir melhor e a gente vê vários meninos bonitinhos nos metrôs e ruas e pubs da vida. E eu não tenho namorado e não preciso me sentir culpada de achar ninguém bonitinho. Rá.
• RUIM: Faz frio! E a mamãe falou que a gente tem que usar camadas. E camadas são horríveis pq eu sempre me sinto gorda. E Toda vez que eu entro em algum lugar quente tenho que tirar as camadas. O casaco. O outro casaco. As luvas. O cachecol. E é cansativo, e enche o saco, e essa semana morreu a esperança do verão perdido voltar, e eu sei que andar de camiseta na rua aqui agora só em março do ano que vem.
• BOA: As cores da moda desse outono são cinza, roxo, rosa escuro e azul turquesa. Tá em todas as lojas. E são cores que ficam hiper bem em mim, lalala. Quando minha mãe esteve aqui eu fiz compras um pouquinho. Preciso aproveitar a moda e comprar mais porque eu to com frio e me sentindo horrorosa toda vez que eu saio de casa. H&M é baratinho. E eu comprei luvas de lá cinza compridas gostosas que nem me deixaram com raiva de usar luvas ainda (pq usar luva é um saco na verdade).
• RUIM: A árvore em frente à janela da sala, onde eu sento pra trabalhar, fica mais feia com menos folhas.
• BOA: Dá pra ver os esquilos correndo pelo galho da árvore em frente à janela da sala, agora que não tem folhas.
• RUIM: tem milhões de casaizinhos muuuuito melosos e irritantes em todo lugar. Nunca vi isso aqui nessa quantidade! Do tipo que fica se sando beijinhos e mais beijinhos no ponto de ônibus, sorrindo e pegando no narizinho um do outro, e ficam olhando um pra cara do outro e perdem o ônibus, e tal. Da primeira vez que eu vi achei engraçado. Mas po, tem isso em todo canto, já deu, né? A teoria da Julia é que no outono todo mundo está começando relacionamentos que vão durar o inverno todo, quando faz frio. No final da primavera todo mundo termina pra viver a putaria do verão. Então tá todo mundo de casalzinho novo e apaixonado. Fora que está frio o suficiente pra eles ficarem abraçadinhos o tempo todo, mas ainda não o bastante pra eles simplesmente ficarem em casa. Aí eles ficam na rua todos melosos atravancando a passagem das escadas rolantes enquanto se olham nos olhos. Que saco. (putz, como eu to amargurada, hehehehe)
• BOA: Ficar em casa lendo no frio é muito gostoso... Tomando chazinho... Mmmm...
• RUIM: como recém-solteira, ficar em casa lendo no frio é contra-produtivo. Mas a idéia de sair dá uma preguiiiiiiça...
• RUIM: É o contrário da primavera. Agora cada dia vai ficando mais curto, mais frio, e a gente sabe que a tendência é só piorar. Isso é uma merda.
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