sábado, 21 de junho de 2008

estranhando

Da outra vez eu tive uma leve Depressão Pós-Brasil. Agora tá rolando uma Depressão Pré-Brasil também, que estranho, essa é nova. Tive recentemente algumas decepções leves com pessoas que eu gosto muito – acho que por isso não são tão leves assim. E to com umas tristezas dos outros que eu to pegando emprestado sei lá por quê (será que eu ignorei a minha própria por muito tempo, e agora ela se manifesta em canções, programas de tv e blogs alheios?).

Daqui a pouco vou encontrar uma amiga muito querida que não vejo há muitos anos. Ela estava comigo quando eu terminei com meu ex-ex, e na verdade a gente conviveu pouco, mas intensamente, e ela acompanhou um período de transição muito importante na minha vida. Só estive com ela duas vezes, na verdade. Em 2001, por uns 2 ou 3 meses, e em 2004, por um dia só – no dia seguinte o avô dela morreu e ela sumiu no mundo, eu só fui saber o porquê meses depois. Nem sei como vai ser encontrar com ela dessa vez. A gente conviveu tão pouco mas eu gosto tão monumentalmente dela.

Ontem dois amigos dormiram aqui em casa, no meu quarto vazio, porque eles se trancaram fora de casa sem querer. "Amigo" é uma palavra que a gente acaba usando pra muita coisa, e nem sempre tem o mesmo significado... Mas independente do grau, é estranho estar construindo amizades novas por aqui, trocando confidências, começando a conhecer os defeitos uns dos outros e até gostar deles. Estranho saber que ano que vem várias dessas amizades vão embora. Estranho que dessa vez quem vai embora não sou eu. Não estou acostumada. Será que criar raizes é isso? É ver os outros irem embora enquanto você fica? A única vez que eu me lembro disso acontecer foi quando a Julia se mudou pra São Paulo, e não foi nada legal.

Hoje eu limpei minha cozinha toda.
Mas meu banheiro ainda está cheio de mofo, minha sala tá uma zona, e meu quarto vai sempre estar bagunçado.

sábado, 14 de junho de 2008

botando o ovo em pé!!

Woohoooooo!!!!
Eu sou muito foda!!!
Depois de 3 dias tentando, eu e minha fiel escudeira caixa de ferramentas, consegui girar a valvula da água, sozinha e independente, e agora eu tenho água de novo, tralalalalá!!!



Quem precisa de um bombeiro???
Uhu!!! Agua agua agua agua agua
Podem me chamar de Luisa "Força Sobre-Humana" Baeta!! Pam Pam Paaaaam!!!
To tão feliz!! :D

quinta-feira, 12 de junho de 2008

inferno astral... open season.

1.
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
(Fernando Pessoa)

2.
I told you a little secret that you should not tell no one
And you talk...you talk, you talk
I said
You Chatty Chatty
(Toots and the Maytals)

3.
It's time to take a bath
I say, no, not today, its only tuesday
Once every 24 hours
I'm supposed to take a shower
That's not the way I do it
(NOFX)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

pela curiosidade de ver onde o sol se esconde

Eu tenho uma visão romântica das coisas, e eu gosto disso. Não no sentido tradicional, tipo "vai aparecer um homem lindo montado num cavalo alazão (porque cavalo branco é meio bã), e nós vamos galopar pelo entardecer em direção ao pôr-do-sol e nos casar e ter vários filhinhos e viver felizes para sempre". Não que eu não queira ter filhinhos um dia, mas isso é outra história. Meu romantismo não é tão por aí. Ele se mostra mais em outras coisas, misturado com um otimismo persistente, algo de utopia, e mais ingenuidade do que eu gostaria de admitir.

No momento, são os grandes exploradores. Tá na hora de fazer a proposta do projeto final do curso, e eu cismei que queria fazer um projeto comparando o desejo de viajar e explorar com o impulso criativo (inclusive dizendo que uma pessoa que tenha esses impulsos não precisa manifestar ele sobre as duas formas, tem gente que não quer viajar geograficamente mas consegue extravasar esses desejos sob a forma de ingenuidade ou arte). Eu pesquisei, coletei imagens, textos, músicas e poemas, de Fernando Pessoa a Jack Kerouac ao meu pai quando era jovem (não to falando do jovem ator de pornochanchada, e sim do cara que montava num cavalo que levava a Teerã, ou ia pegando carona até o Uruguai pra dormir num celeiro onde uma cabra teve filhotes, ou seja lá qual outra história bizarra ele às vezes deixa escapar). Coletei imagens de caravelas de azulejo azul, pássaros migratórios, ciganos. Meus amigos já começavam a rir toda vez que eu falava no assunto, acho que na verdade só minha mãe entendeu realmente o que eu queria dizer.

E minha idéia foi vetada.

O professor disse que era amplo demais, E romântico demais. Que viagem na verdade não é assim. Ele sugeriu que eu talvez pegasse algo nessa área que simbolizasse essa idéia maior e fizesse isso, de maneira mais contida. Talvez um projeto de design de informação onde eu mapeasse o trajeto e as milhas percorridas dos meus colegas de classe, que tal? Eu fiquei muito frustrada, mas agora realmente tenho que me conter, porque preciso apresentar a proposta reformulada daqui a poucas horas (ú tererê, tem que estar pronto daqui a 3 horas pra eu ir pra faculdade e imprimir! merda).
Acho que vou fazer algo sobre 3 exploradores. Marco Polo, Vasco da Gama e Amir Klink.
Não estou mais "apaixonada" pela idéia, mas ainda é perfeitamente interessante.
É nessas que o romantismo vai sendo sugado das pessoas. Mas na verdade eu não acho que é puramente uma questão de idade – eu confesso que sou beeem menos cínica hoje do que aos 16 anos, e isso foi melhorando à medida em que fui conhecendo pessoas fantásticas e vivendo coisas extraordinárias que foram me mostrando que o mundo é um lugar muito foda, sim. No geral, de repente, cada um acaba vendo a vida que quer ver. Nesse sentido, gosto do meu romantismo e não quero perdê-lo. Sinto isso com tanta intensidade que até usei pronome oblíquo... (é esse o nome, mesmo?).


Já que estou falando em projeto final, um beijo pra Ti que tá fazendo o TFG dela, e também porque eu acho que ela foi outra que talvez tenha se tornado mais romântica dos 16 anos pra cá. A gente tá fazendo o caminho inverso! Bom, isso, né? Que continue assim. Pra gente virar velhinhas felizes no futuro. Velha amargurada é meio chato, e tem mais rugas.


E já que estou falando em viagens e grandes navegações, dia 24 de junho vou a Portugal de novo, passo uma semaninha na praia em Caiscais, a comeire morcelas e pastéis de Belém e a bebeire vinho verde, e depois, dia 1 de julho, faço o trajeto de Cabral e volto pra terras tupiniquins.