segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

balanço

Vou escrever meu balanço de 2007 e minhas resoluções de 2008 aqui, pra não esquecer.
Esse foi um ano em que eu perdi muita coisa que eu amo – algumas por escolha, outras por essas coisas da vida, e outras sendo o preço a se pagar pra ter algo que eu sempre quis. Quero lembrar do que ficou pra trás pra ter em mente que o preço foi muito alto e por isso eu preciso me esforçar sempre pra dar tudo certo.
Perdi meu avô, minha banda, meu namorado.
Três casas, meu gato, minha coelha.
A proximidade dos meus amigos e da minha família. Perdi meu sobrinho começando a virar adolescente (em 6 meses ele mudou tanto). Perdi piadas internas e viagens e porres em conjunto. E várias outras coisas.

Ganhei algumas coisas muito importantes: Londres, a Julia e um pouquinho mais de independência (por enquanto é só um pouquinho, mas eu vou chegando lá).

Minhas resoluções de ano novo são:
– Desenhar mais. Carregar meu sketchbook comigo pra todo canto e usar mesmo. Desenhar em casa, em papéis grandes, o que me der vontade. Fazer isso com muita regularidade.
– Me dedicar a estudar música. Fazer os exercícios da fonoaudióloga pra voz, um pouco todo dia. Estudar a sério, todo dia, o clarinete ou o piano ou seja lá o que for. Tentar entrar num coral com a Bel.
– Fazer algum exercício. Continuar caminhando na beira do rio, que seja. Com regularidade. Por enquanto eu tava conseguindo fazer isso duas vezes por semana, não pode ser menos que isso, vou tentar passar pra três.
- Me dedicar muito ao curso e fazer valer a pena. Não sei como vai ser esse curso, mas isso tem que ser minha prioridade maior esse ano, mais do que trabalho, e certamente mais do que qualquer procrastinação preguiçosa aleatória.

Em 2007 eu taquei fogo em tudo, e comecei a plantar do zero. Espero que em 2008 eu consiga cuidar bem da plantação, quem sabe já começar a colher um pouco. Quero que 2009 seja o ano da colheita farta. Vamos ver o que vem por aí... e tomara que venha vestido de toga.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

de bode



nhé. Sei lá. to desanimada.
E esse reveillón, hein? Poxa vida.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

very very nice

A gente tava falando desse vídeo outro dia no aniversário do Léo, então eis:



Cara. Flight of the Conchords é muito foda.

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Eu tenho que fazer jejum até amanhã de manhã pra fazer exame... Eu devia ter comido mais coisa no jantar. To com fome. Melhor ir dormir. Mas po, se alguém ler isso aqui, me liguem, vamos sair amanhã à noite.
E aliás, o que vamos fazer no reveillón?

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

afinal, Cérebro, o que vamos fazer amanhã à noite?

To no Rio.
Comendo várias paradas, revendo vários amigos, matando a saudade de muita coisa (retroativamente, claro, mas a saudade pra frente também). É tão bom.

Eu tô feliz lá em Londres, mas os amigos fazem muita falta. A comida, esse calor úmido, os cheiros, a música, a paisagem linda, tudo isso dá pra matar saudade vindo de vez em quando. Mas os amigos fazem muita falta no dia-a-dia, muita mesmo, e encontrando dá vontade de abraçar as pessoas pra sempre e não largar nunca mais.
Mas eu ainda não desisti de nenhum dos meus planos maquiavélicos!! Com um pouquinho de colaboração, quem sabe, a gente chega lá.

Ah! E eu quero pular de asa delta. Alguém me acompanha?

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Véspera

De madrugada vou pegar dois ônibus (ou um táxi, ou um táxi e um ônibus, não decidi ainda, vai depender do tamanho do cansaço e da mala).
Dois aviões e três aeroportos depois, estarei no Rio.

Quero ser MUITO paparicada durante as duas semanas que estarei no Brasil (e sim, acho isso perfeitamente razoável).

Mas antes, hoje ainda tem muita coisa pela frente! A viagem em si também é bem longa. Mas eu não sou peru, que morre de véspera (não tem uma expressão assim? Sei lá. No natal lá em casa a gente come lombinho mesmo...).
Agora, vamos lá, de volta às malas.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Maverick

Às vezes eu sinto muita, muita, muita saudade do meu gatinho. Eu sei que ele tá bem, mora em Minas, tem vários amigos, come peixe e nem lembra de mim, e eu sei que trazer ele pra cá seria inviável porque gato não resiste bem a viagens longas intercontinentais, e ele teria que ficar de quarentena, e eu nem sei se meu landlord me deixaria ter gato aqui, e nem sei se a Julia ia topar (ainda mais um gato com uma personalidade bizarra daquelas), e o gato nem é só meu, e a gente ia perder muito a liberdade se tivesse um bicho aqui, e cheiro e pelo de gato fechado em um apartamento que fica meses no inverno com a janela fechada não ia dar certo, e a gente não deve ter nem permissão nem grana pra botar aquelas gradezinhas pra poder abrir a janela no verão... Enfim. não dá pra trazer o gato.
Mas aqueles olhos azuis e aqueles dentinhos de vampiro... E o gemidinho que ele dava quando eu apertava ele muito forte (depois ele me mordia!)... E ele ronronando no meu colo enquanto eu trabalhava no computador... Que saudade do meu gatinho.

sábado, 1 de dezembro de 2007

"i just wanna live while I'm aliiiiive"

essas coisas surreais da vida, né. E os programas de índio onde a gente vai parar de vez em quando.

Então. Conheci uma italiana gente boa aqui, ela trabalha de au pair em uma casa e ela não fala inglês direito mais eu super gostei dela. Então, ela me disse que a familia onde ela trabalha tinha dado pra ela uns ingressos de graça pra algum show, ou peça, ou comédia, sei lá, ela não tinha entendido direito. Era hoje as 5 da tarde em Waterloo. Eu não sabia o que era, mas tinha ingresso de graça, eu não tava fazendo nada, vambora, na pior das hipóteses a gente vê uma peça chata ou um show de comédia ruim.

Eu estava errada.

Chegando lá, era num estúdio de tv. Eu pensei "hmmm... vão botar a gente sentadinhas na platéia de algum desses programas de comédia. Meio mico, mas tudo bem. Na pior das hipóteses a gente vai aparecer rapidinho no fundinho na platéia de algum programa chato."

Eu estava errada.

Pegaram nossos casacos e bolsas e mandaram a gente pro estudio. E foi aí que a gente entendeu o tamanho do drama.
A gente ia, sim, ser plateinha de um programa de tv. Mas em pé. E desses programas que tem stand up comedy e entretenimento randômico e show de alguma banda. E a gente tinha que ser parte da plateinha que parece animada e bate palmas e grita e faz barulho pra parecer que tá todo mundo empolgadão.
E tem mais.
A gente começou a reparar que tinha uma porrada de gente com camisa do Bon Jovi.

Resumo da história (na medida do possível, já que eu não possuo poder de síntese): eu e a Giulia passamos o programa inteiro nos escondendo atrás de pessoas altas e fugindo das câmeras. O cenário horroroso funcionava melhor na tela do que ao vivo. O Bon Jovi tá velho e feio e decadente, e parecia mais sem graça e com vergonha do que a gente (e olha que a gente tava uito sem graça e com vergonha). Uma garota tinha "bon jovi" tatuado no braço, acho que vou tatuar amanhã. Ele abriu a camisa e mostrou o peito peludo tocando "it's my life". Eu tive uma crise de riso. Pelo menos ele só tocou duas musicas. Umas meninas perto da gente ficaram histericas depois, uma delas tava dizendo que encostou nele, a outra que roubou a palheta, a outra que ele olhou pra ela, sorriu e desejou feliz aniversário. Giulia e eu nos contivemos em outro ataque de riso pq a menina da tatuagem do Bon Jovi no braço era fortona e tinha cara de brava e briguenta. No meio do programa, eu e Giulia não aguentamos mais, eu disse pro segurança que estava passando mal, e deixaram a gente ir embora. Um casal viu a gente saindo, aproveitou a deixa e veio também, parecendo quase tão aliviado quanto a gente.

E o show do Toots and the Maytals de quinta-feira foi cancelado mas eu acabei vendo Bon Jovi ao vivo.
A Julia tem razão, preciso resolver alguma coisa com o meu karma.