sábado, 1 de dezembro de 2007

"i just wanna live while I'm aliiiiive"

essas coisas surreais da vida, né. E os programas de índio onde a gente vai parar de vez em quando.

Então. Conheci uma italiana gente boa aqui, ela trabalha de au pair em uma casa e ela não fala inglês direito mais eu super gostei dela. Então, ela me disse que a familia onde ela trabalha tinha dado pra ela uns ingressos de graça pra algum show, ou peça, ou comédia, sei lá, ela não tinha entendido direito. Era hoje as 5 da tarde em Waterloo. Eu não sabia o que era, mas tinha ingresso de graça, eu não tava fazendo nada, vambora, na pior das hipóteses a gente vê uma peça chata ou um show de comédia ruim.

Eu estava errada.

Chegando lá, era num estúdio de tv. Eu pensei "hmmm... vão botar a gente sentadinhas na platéia de algum desses programas de comédia. Meio mico, mas tudo bem. Na pior das hipóteses a gente vai aparecer rapidinho no fundinho na platéia de algum programa chato."

Eu estava errada.

Pegaram nossos casacos e bolsas e mandaram a gente pro estudio. E foi aí que a gente entendeu o tamanho do drama.
A gente ia, sim, ser plateinha de um programa de tv. Mas em pé. E desses programas que tem stand up comedy e entretenimento randômico e show de alguma banda. E a gente tinha que ser parte da plateinha que parece animada e bate palmas e grita e faz barulho pra parecer que tá todo mundo empolgadão.
E tem mais.
A gente começou a reparar que tinha uma porrada de gente com camisa do Bon Jovi.

Resumo da história (na medida do possível, já que eu não possuo poder de síntese): eu e a Giulia passamos o programa inteiro nos escondendo atrás de pessoas altas e fugindo das câmeras. O cenário horroroso funcionava melhor na tela do que ao vivo. O Bon Jovi tá velho e feio e decadente, e parecia mais sem graça e com vergonha do que a gente (e olha que a gente tava uito sem graça e com vergonha). Uma garota tinha "bon jovi" tatuado no braço, acho que vou tatuar amanhã. Ele abriu a camisa e mostrou o peito peludo tocando "it's my life". Eu tive uma crise de riso. Pelo menos ele só tocou duas musicas. Umas meninas perto da gente ficaram histericas depois, uma delas tava dizendo que encostou nele, a outra que roubou a palheta, a outra que ele olhou pra ela, sorriu e desejou feliz aniversário. Giulia e eu nos contivemos em outro ataque de riso pq a menina da tatuagem do Bon Jovi no braço era fortona e tinha cara de brava e briguenta. No meio do programa, eu e Giulia não aguentamos mais, eu disse pro segurança que estava passando mal, e deixaram a gente ir embora. Um casal viu a gente saindo, aproveitou a deixa e veio também, parecendo quase tão aliviado quanto a gente.

E o show do Toots and the Maytals de quinta-feira foi cancelado mas eu acabei vendo Bon Jovi ao vivo.
A Julia tem razão, preciso resolver alguma coisa com o meu karma.

Um comentário:

Anônimo disse...

pô! num zoa não! eu me amarro em bon jovi!O primeiro cd que eu comprei na minha vida foi dele! Até o hoje sei a letra de "Always" de cabo a rabo! hauahuauhahuahuhaua

Seu karma tá bom! Acredite!

Pense que vc podia ter visto coisas muuuuito piores ao vivo. Tipo uma banda que eu vi no circo chamada "Caô de raiz" hehehehehehehhehe

beijins