domingo, 9 de março de 2008

enxergando sapos

Há umas duas semanas eu vi uma raposinha na minha rua. Um raposinho, na verdade, porque ele levantou a perna quando fez xixi no jardim do vizinho.

Hoje eu vi um sapo.
Ele tava sentado na porta da academia. E nem parecia um sapo ativo que gosta de academia, ele tava sentado que nem um paxá, com cara de bunda. Eu levei um susto, desviei do sapo, entrei e falei pra moça "tem um sapo na porta da academia." Ela falou "um sapo tipo 'ribbit, ribbit'?" e eu disse que sim, e ela me olhou incrédula e mudou de assunto.
Quando eu estava na esteira eu não conseguia ver o sapo, porque a parte de baixo dos vidros é opaca, mas eu fiquei reparando na reação das pessoas que entravam. Nenhuma olhava pro chão, nenhuma se espantava, nenhuma desviava, nenhuma fazia cara de nojo. Aí eu comecei a ficar desconfiada... Pronto. Fiquei maluca. Tô vendo sapo onde não tem. Era só o que me faltava.

É isso que dá fazer exercício. Vc trabalha o corpo mas a mente começa a atrofiar. Operation Ivy já dizia em Healthy Body Sick Mind. Agora tô vendo sapos sentados, daqui a pouco vão ser elefantes cor de rosa vestidos de palhaço, e depois disso, sabe-se lá. Sério, fiquei com a pulga atrás da orelha com essa história do sapo imaginário (não que eu enxergue pulgas ainda, mas tá por pouco). Eu tava ficando preocupada. Será que foi porque eu dormi muito tarde e acordei meio cedo? Será que foi o frango esquisito que eu comi ontem?
E então, a salvação. Vários funcionários da academia começaram a ir lá pra fora e tirar foto de alguma coisa no chão com suas câmeras de celular. Dali a pouco eu vejo o sapo preguiçosamente tentando escapar deles. É bom saber que a gente não ficou maluco.

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