quarta-feira, 6 de junho de 2007

Guardioes de Limiar?

Faltando dois dias para eu embarcar, eis que começo a ficar com febre, e mais e mais febre, e é uma "virose não-identificada" que já me fez adiar a viagem duas vezes e se recusa a ir embora completamente. Quinta-feira deve sair o resultado do último exame de sangue (sim, eu faço exame de sangue toda hora agora, nunca vi!), pra saber se é dengue ou seja o que for. To cansada e de saco cheio e a essa hora já era para eu estar na Suiça comendo chocolate e falando francês e namorando.

Segundo o meu novo melhor horóscopo do mundo, que é o Livro que eu to lendo, isso se chama "Guardião de Limiar". Ou então se chama "a recusa do chamado" de uma maneira muito viadinha da minha parte...
Mas então, é um livro legal chamado "A Jornada do Escritor" de um cara chamado Christopher Vogler e é sobre roteiros mas eu to lendo isso também como um horóscopo porque eu sou boba e estou numa fase da minha vida em que eu quero horóscopos e respostas. Então eu podia estar lendo qualquer coisa que eu estaria lendo com essa interpretação. Mas o livro é legal mesmo, eu to gostando porque eu gosto de histórias e esse livro explica todas elas, inclusive a minha. Estou quase na "travessia do primeiro limiar", e eu vou atravessar a porra do primeiro limiar se eu algum dia ficar boa dessa porcaria dessa virose.

Mas por enquanto tô numa prévia da vida pacata, de repousinho, ouvindo musica e arrumando coisas e lendo cartas antigas de namorados passados e irmãos distantes e avôs mortos e mães que já voltaram de viagem. E vendo fotos de pessoas que eu já não lembro mais o nome e outras que eu lembro mas perdi o endereço, e de amigas que mudaram de cabelo e amigos que mudaram de namorada e pessoas que mudaram de estilo de se vestir... E eu, de cabelo azul, sobrevivendo a tudo. Até a essa porra dessa virose.

Não sei se é isso, se é a virose, se é estar simplesmente "esperando", se são as músicas velhas, as fotos, as cartas, se é estar novamente na casa da minha mãe, sei lá. Mas eu estou me sentindo estranha. Não tenho me sentido muito "eu".
Não estou gostando e quero ir embora logo.

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